O Alentejo tem “um peso cada vez mais determinante” na produção de azeite em Portugal e foi a região responsável por 76% das 100 mil toneladas que terão sido produzidas no país na última campanha olivícola.

A região “produziu 76 mil toneladas de azeite, o que representa 76% do volume de 100 mil toneladas que se estima terem sido produzidas em Portugal” na campanha olivícola de 2015/2016, disse à agência Lusa Henrique Herculano, do Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo (CEPAAL).

Tendo em conta que uma tonelada de azeite virgem extra indiferenciado pode valer cerca de três mil euros, a produção do Alentejo na campanha de 2015/2016 poderá representar “um volume de negócios estimado em 228 milhões de euros, considerando apenas a venda de azeite a granel e excluindo o valor acrescentado pelo embalamento e pela marca e toda a economia adjacente ligada a fatores de produção e serviços”, admitiu.

Segundo o responsável, o Alentejo tem “um peso cada vez mais determinante na produção de azeite em Portugal” e é “a região mais importante em termos de volume”, porque “é a que mais azeite produz e a que tem a maior área de olival plantado, o olival mais moderno e a maior proporção de olival intensivo e superintensivo, o que leva a maiores produções”.

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Henrique Herculano falava à Lusa a propósito do terceiro Congresso Nacional do Azeite, que o CEPAAL e a Câmara de Moura vão promover na sexta-feira, a partir das 09:30, no Cineteatro Caridade, em Moura, no distrito de Beja.

O congresso, integrado no programa da 14.ª OlivoMoura – Feira Nacional de Olivicultura, vai reunir agentes e profissionais para debater questões do setor oleícola.

A OlivoMoura pretende promover o azeite, “um dos produtos de excelência” do concelho, e integra-se no programa da Feira de Maio, que é promovida pela Câmara de Moura em parceria com outras instituições e vai decorrer entre quinta-feira e domingo, no Parque e Feiras e Exposições da cidade.

A Lusa pediu dados sobre a produção de azeite em Portugal na campanha olivícola de 2015/2016 ao Ministério da Agricultura, que não os disponibilizou em tempo útil.