A greve dos trabalhadores de handling da Aviapartner está a causar o caos no aeroporto de Bruxelas. Alguns dos voos afetados tinham como destino o aeroporto da Portela, em Lisboa, e ao princípio da noite ainda não tinham descolado da Bélgica.

O porta-voz da TAP, André Serpa Soares, confirmou ao Observador que são os dois os voos retidos em Bruxelas, garantindo que a companhia aérea “está a desenvolver todos os esforços, junto da Aviapartner e do próprio aeroporto de Bruxelas, para que os dois voos aterrem em Lisboa ainda esta quarta-feira.”

A greve dos trabalhadores começou às 13h00 de Bruxelas, meio-dia em Lisboa. O porta-voz do aeroporto de belga, Anke Fransen, confirmou à imprensa local que são “cerca de quarenta” os voos afetados pela greve, mas o número pode até ser superior.

A “falta de flexibilidade” para com os trabalhadores de handling após os atentados de 22 de março são a principal causa desta greve. “Um erro nas folhas de vencimento foi a gota de água”, explicou ao jornal L’Eho o porta-voz da ACV-Transcom, Kurt Callaerts. Por sua vez, e ao mesmo jornal, o secretário-geral da ACV-Transcom, Bjorn Vanden Eynde, previa que a paralisação durasse “pelo menos quatro horas” e terminasse por volta das 16h30 (15h30 em Portugal). O sindicato dos trabalhadores de handling exigiu durante o dia reunir-se com a administração da Aviapartner, onde solicitaria uma “correta implementação dos acordos em torno dos salários e das condições de trabalho”, explicou Vanden Eynde.

André Serpa Soares garante que “a paralisação se iniciou sem pré-aviso de greve” e que a TAP não teve conhecimento da mesma. “Não nos é possível operar voos assim, sem assistência em terra. E também não é possível substituir trabalhadores em greve, como se sabe. A greve já deveria ter terminado, mas a informação de que disponho é que a situação ainda não está resolvida nesta altura”, explicou ao Observador o porta-voz da TAP.

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