Como se a propagação do vírus zika no país não fosse já preocupação suficiente para quem lá vive e o visita, como se a periclitante situação política brasileira (com ou sem impeachment) não o fosse também por esta altura, agora é a violência que ensombra os próximos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. E a voz dessa inquietude, desse receio é Rivaldo, ex-futebolista e campeão do Mundo pelo Brasil em 2002.
Rivaldo, hoje com 44 anos, deu como exemplo de violência o caso de Ana Beatriz, de 17 anos, assassinada no último sábado, após um arrastão. E escreve Rivaldo, na sua conta de Facebook: “Hoje [sábado] pela manhã no Rio de Janeiro os bandidos mataram esta menina de 17 anos. A coisa está cada vez mais feia no Brasil. Aconselho a todos que tem intenção de visitar o Brasil ou vir para as Olimpíadas no Rio que fiquem em seu país de origem.”
O ex-futebolista, que se notabilizou no Barcelona e ainda deu uma perninha em Angola antes de se retirar, vive hoje nos Estados Unidos, onde inaugurou várias academias de futebol. Quando aí assentou arraiais, Rivaldo justificou a saída do Brasil com a escalada de violência no país, sendo os Estados Unidos, nas palavras do ex-futebolista, um “lugar melhor” para educar os filhos.
Ainda na mensagem deixada no Facebook, Rivaldo terminou com um alerta para quem visitar o Brasil. Ou melhor, três. E uma crença: “Aqui você estará correndo risco de vida. Isso sem falar nos hospitais públicos que estão sem condições e toda esta bagunça na política brasileira. Só Deus para mudar a situação do nosso Brasil.”
Quem não gostou nada da mensagem de Rivaldo nas redes sociais foi secretário municipal do turismo do Rio de Janeiro, Antonio Pedro Viegas, que logo tratou de minimizar a mensagem alarmista do ex-futebolista. “As pessoas já sabem dos nossos problemas, mas ficarão surpreendidos com a beleza do Rio e com a hospitalidade dos brasileiros”, garantiu.
O Rio de Janeiro vai acolher os Jogos Olímpicos entre 5 e 21 de agosto. Serão mobilizados para o evento mais de 80 mil elementos das forças de segurança brasileiras.