O cidadão luso-brasileiro Raul Schmidt comunicou esta quinta-feira ao Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) que se opõe à extradição para o Brasil, após ser confrontado com o pedido das autoridades brasileiras.

Ao ser ouvido pelos juízes desembargadores, Raul Schmidt comunicou ainda que não renuncia ao princípio da especialidade, ou seja, na eventualidade de vir a ser julgado no Brasil só poderá ser pelos crimes que constam do pedido de extradição recebido pelas autoridades portuguesas.

O TRL deu um prazo de oito dias para que possa ser apresentada a defesa por escrito.

Foi ainda decidido que Raul Schmidt mantém a medida de coação de obrigação de permanência da residência com pulseira eletrónica.

O cidadão luso-brasileiro, fugido à justiça desde julho de 2015, é suspeito no Brasil dos crimes de corrupção e branqueamento de capitais no âmbito da operação Lava Jato, que investiga crimes económico-financeiros na Petrobras, no Brasil.

As autoridades brasileiras suspeitam que Raul Schmidt agiu como intermediário de operações da Petrobras que levaram ao recebimento indevido de comissões no valor de vários milhões de reais. A investigação da operação Lava Jato começou em março de 2014.

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