A Polícia Judiciária (PJ) de Cabo Verde aguarda delegação de competências para assumir a investigação à morte de 11 pessoas num posto militar em Cabo Verde, disse esta quinta-feira o diretor da instituição, Patrício Varela.

A investigação à morte de 11 pessoas – oito militares e três civis, incluindo dois cidadãos espanhóis – às mãos de outro militar, é tutelada pelo Comando da 3ª região militar de Cabo Verde, mas a imprensa local noticiou que o Ministério Público formalizou um pedido para investigar o caso.

“A PJ procedeu às primeiras investigações no terreno logo após a ocorrência dos factos e espera que haja delegação da competência para iniciar as investigações”, disse Patrício Varela.

O diretor da PJ adiantou ainda que atualmente a polícia científica está a desenvolver “algumas atividades de investigação”, escusando-se a avançar quais em concreto e qual a linha de investigação que está a ser seguida.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

“As atividades cautelares foram praticadas pela PJ e estamos empenhados em esclarecer os factos e apurar a responsabilidade”, sublinhou.

Patrício Varela falava aos jornalistas à margem de uma cerimónia para assinalar os 23 anos da instituição, que decorre esta quinta na cidade da Praia.

Os corpos das 11 pessoas foram encontrados a 26 de abril no Destacamento Militar de Monte Txota, concelho de São Domingos, ilha de Santiago, mas de acordo com as primeiras informações oficiais o crime terá ocorrido na madrugada de 25 de abril.

O suspeito dos homicídios é o soldado do mesmo destacamento António Silva Ribeiro, 22 anos, que foi detido cerca de 24 horas depois da descoberta dos corpos e aguarda julgamento em prisão preventiva no Estabelecimento Prisional Militar, na cidade da Praia.