O pedido de investigação de Neves foi apresentado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e aceite pelo juiz Gilmar Mendes, de acordo com informações do processo divulgadas pelo tribunal.

O caso surge na sequência da denúncia pelo senador Delcídio do Amaral, antigo porta-voz do Governo no Senado, detido em dezembro passado, no âmbito da investigação do escândalo de corrupção na Petrobras, conhecida como Lava Jato.

Delcídio do Amaral chegou a acordo com o Ministério Público para colaborar na investigação e conseguir uma redução na sua pena, em troca de denúncias dos cúmplices.

Em relação a Aécio Neves, candidato derrotado pela Presidente brasileira, Dilma Rousseff, na segunda volta das presidenciais de 2014, o Ministério Público quer saber se recebeu dinheiro desviado da empresa estatal Furnas Centrales Elétricas, como afirmou Delcídio do Amaral.

Nas 255 páginas de declarações do ex-porta-voz do Governo surgem implicadas dezenas de políticos no poder e na oposição, mediante a apresentação de provas como as suas agendas oficiais, listas de chamadas telefónicas e passagens aéreas usadas pelo senador.

Na lista de autoridades citadas pelo senador constam Rousseff, o antecessor Luiz Inácio Lula da Silva e o vice-Presidente, Michel Temer, que poderá assumir hoje interinamente a chefia do Estado se o Senado brasileiro aprovar o processo de destituição contra a atual Presidente.

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