O CDS-PP abre esta sexta-feira o debate quinzenal com o primeiro-ministro, António Costa, com as políticas sociais e económicas na agenda, numa semana marcada pelo extremar das posições entre Governo e PSD e CDS sobre os contratos de associação.

Com duração prevista de 84 minutos, no debate quinzenal com António Costa o CDS-PP tem a primeira intervenção, seguindo-se PSD, PS, BE, PCP, PEV e PAN, sendo as questões políticas, económicas e sociais os principais temas agendados pelos partidos para discussão.

Este debate decorre no fim de uma semana de polémica entre o Governo, apoiado por toda a esquerda, e a oposição a propósito dos contratos de associação assinados entre o Estado e os colégios privados, na qual o líder do PSD, Pedro Passos Coelho, tem assumido uma posição muito crítica em relação ao ministério tutelado por Tiago Brandão Rodrigues.

As declarações de Passos Coelho, no sábado, nas quais insinuou que o ministro da Educação se movia por interesses na revisão dos contratos de associação, motivaram a defesa de dois membros do Governo a exigir que o líder social-democrata concretizasse as acusações, primeiro o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares Pedro Nuno Santos, no domingo, e depois, na segunda-feira, a ministra da Presidência, Maria Manuel Leitão Marques.

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Na entrevista que quarta-feira concedeu à SIC, o primeiro-ministro, António Costa, também defendeu o ministro da Educação e a revisão dos contratos de associação, tema sobre o qual o Presidente da República se escusou a pronunciar durante toda a semana, remetendo uma posição para depois da reunião semanal com o chefe do Governo, na quinta-feira.

Na mesma entrevista, o primeiro-ministro falou de um documento que o Governo preparou para a Comissão Europeia “para ser aplicado no caso de a execução vir a revelar riscos”, o que já motivou hoje o líder da bancada do PSD a exigir que António Costa seja “claro” e revele o que enviou para a União Europeia, mesmo sendo “um plano de contingência”.

Este plano de contingência já foi um dos temas que marcou o último debate quinzenal, a 28 de abril, quando Luís Montenegro questionou Costa sobre um alegado “anexo secreto” do Programa de Estabilidade enviado para Bruxelas.

No último debate quinzenal, no qual Pedro Passos Coelho voltou a ficar em silêncio e não fez a intervenção pelo PSD, o líder da bancada parlamentar social-democrata explicou que esta decisão decorre da estratégia política interna, que recusou no entanto revelar.