Os maquinistas do Metropolitano de Lisboa recusam cumprir horas extraordinárias para assegurar o transporte de passageiros para eventos como o Rock in Rio se se mantiverem as atuais condições laborais, disse esta sexta-feira à Lusa uma fonte sindical.

“Mantendo-se as condições atuais, os trabalhadores não estão disponíveis para participar no transporte de pessoas para eventos que se perspetivam como o Rock in Rio e as Festas da Cidade”, afirmou Paulo Machado da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans).

Segundo o sindicalista, naqueles dias é esperado um aumento do número de passageiros, pelo que, para assegurar o transporte de todos, tem de se aumentar a frequência da passagem de comboios, bem como o número de trabalhadores.

“Isso é outra coisa que não percebemos: estamos com défice de recursos humanos e com um espaçamento enorme entre comboios, mas para participar em eventos daqueles já há condições”, frisou.

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Na origem da contestação dos maquinistas estão a organização dos tempos de trabalho, a marcação dos períodos de férias dos maquinistas e a admissão de novos trabalhadores, entre outros.

A posição foi definida no decorrer de um plenário que decorreu esta sexta-feira de manhã nas instalações do Metropolitano de Lisboa e surge numa altura em que a transportadora tem a decorrer uma campanha para o Rock in Rio que tem por mote “Eu vou e volto com os Transportes de Lisboa”.

A Lusa contactou o Metropolitano de Lisboa, mas ainda não obteve um comentário.

O Rock in Rio realiza-se nos dias 19, 20, 27, 28 e 29 no Parque da Bela Vista. A organização referiu que o metro vai funcionar nos horários normais, mas com um reforço do serviço.

As Festas da Cidade decorrem em várias zonas da capital durante todo o mês de junho.