A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) criticou esta sexta-feira os atos de intolerância política registados “de novo” um pouco por todo o país, que devem ser denunciados “com vigor”, porque visam intimidar o eleitorado.

A preocupação foi esta sexta-feira levantada pelo líder do maior partido da oposição angolana, Isaías Samakuva, na abertura da primeira reunião ordinária do Comité Permanente da Comissão Política da UNITA.

Isaías Samakuva considerou que não faz sentido que depois de 14 anos de paz, existam ainda angolanos “com vidas em risco ou com ferimentos graves e com as suas propriedades destruídas só por pertencerem a uma formação política diferente daqueles que se julgam detentores do poder”.

Num olhar sobre a situação atual de Angola, Isaías Samakuva rejeitou que o país esteja apenas a viver problemas políticos, por abrangerem todos os setores da vida nacional.

Para o presidente da UNITA, a crise, frequentemente usada para justificar a situação que o país enfrenta, foi provocada pelas políticas públicas que desvalorizam a vida humana e promovem falsos valores.

Segundo o político, “a má governação tornou-se uma prática incorrigível do Executivo, que persiste em aprofundar as desigualdades”.

“São políticas que foram concebidas para enriquecer ilicitamente uma minoria e empobrecer a maioria dos angolanos. Ao invés de os angolanos sentirem o alívio da pobreza, veem todos os dias o aumento da corrupção que alimenta a riqueza ilícita”, disse Samakuva.

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