O Metropolitano de Lisboa desconhece a “indisponibilidade” dos trabalhadores de fazerem horas extraordinárias para transportar passageiros a eventos como o Rock In Rio ou as Festas da Cidade, que foi anunciada na sexta-feira pelos sindicatos dos transportes, revelou a empresa.

Numa resposta enviada à Agência Lusa, a administração do Metro confirma que “teve conhecimento” da reunião de trabalhadores que decorreu na sexta-feira, mas não foi informada sobre as conclusões da mesma. “A empresa desconhece qualquer posição das Organizações Representativas dos Trabalhadores, quando à indisponibilidade para o recurso à realização de trabalho extraordinário ou para a realização de eventos como o Rock in Rio ou as Festas de Lisboa”, indica o Metro.

Na sexta-feira, um responsável da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) garantiu que os maquinistas do Metropolitano de Lisboa não iriam cumprir horas extraordinárias para assegurar o transporte de passageiros para este tipo de eventos se se mantiverem as atuais condições laborais.

Na origem da contestação dos maquinistas estão a organização dos tempos de trabalho, a marcação dos períodos de férias dos maquinistas e a admissão de novos trabalhadores, entre outros. A posição foi definida no decorrer de um plenário e surgiu já depois de a transportadora lançar uma campanha para o Rock in Rio que tem por mote “Eu vou e volto com os Transportes de Lisboa”.

A administração do Metro adianta, na nota enviada à Lusa que a negociação com os trabalhadores “tem decorrido num clima aberto e transparente, tendo sido realizadas nove reuniões, entre janeiro e a presente data” sobre questões laborais e quatro sobre a renegociação do Acordo de Empresa.

O Rock In Rio realiza-se nos dias 19, 20, 27, 28 e 29 no Parque da Bela Vista. Hoje, a organização referiu que o metro vai funcionar nos horários normais, mas com um reforço do serviço. As Festas da Cidade decorrem em várias zonas da capital durante todo o mês de junho.

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