O Fundo Soberano da Noruega vai processar a Volkswagen, juntando-se à ação legal que foi lançada pelo Estado federal alemão, porque acredita que “a administração deveria ter sabido do que se passava” na empresa que foi apanhada numa fraude relacionada com emissões poluentes. Pior: na qualidade de quarto maior acionista da empresa, o fundo diz que, “neste momento”, vê “poucas evidências de que esteja a haver reformas na gestão” da Volkswagen.

“Fomos aconselhados pelos nossos advogados de que a conduta da companhia suscita questões legais sob a lei alemã. Como investidores, é nossa responsabilidade salvaguardar a posição do fundo na Volkswagen”, afirmou Petter Johnsen, o responsável pelos investimentos do Norges Bank Investment Management, citado pelo Financial Times.

O fundo norueguês, que gere investimentos no valor de quase 800 mil milhões de euros, deverá juntar-se a um dos processos que estão a ser preparados na Alemanha. O Norges Bank é o quarto maior investidor no capital da Volkswagen, com 1,64% do capital com direito de voto, mas não tem um assento na administração da empresa. Segundo o Financial Times, esta posição acionista valia mais de 500 milhões de euros mas isso foi depois da queda das ações após o escândalo que rebentou em setembro.

“A gestão da Volkswagen deveria ter sabido dos aparelhos de manipulação dos motores”, afirma o responsável do fundo soberano norueguês, que já informou o presidente do Conselho de Supervisão da Volkswagen, Hans Dieter Pötsch, de que irá processar.

Ao jornal financeiro, o Norges Bank não quis comentar a polémica em torno do bónus que o ex-presidente, Martin Winterkorn, recebeu depois de se demitir. Mas lamentou que “neste momento”, vê “poucas evidências de que esteja a haver mudanças na gestão”.

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