O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, reviu esta terça-feira a previsão de crescimento económico este ano para “entre 6% e 7%”, abaixo do valor fixado no Orçamento de Estado, mas acima das previsões internacionais. No arranque da sua primeira visita oficial à China, o chefe de Estado justificou a revisão dos objetivos macroeconómicos com a “ocorrência de choques exógenos” e fraca recuperação da economia mundial.

O Orçamento de Estado (OE) tinha previsto um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,8%. Mas, entretanto, a descida do preço das matérias-primas levou a uma depreciação de 35% da moeda local, enquanto as reservas em moeda estrangeira caíram 25% no ano passado

Já a descoberta recente de empréstimos de 1,4 mil milhões de dólares, que não foram contabilizados nas contas públicas ou reportados ao Fundo Monetário Internacional (FMI), descredibilizou o país perante os mercados financeiros e doadores internacionais.

O caso levou o FMI e o Banco Mundial a suspenderem a ajuda financeira direta a Maputo, numa decisão repetida pelo grupo de doadores do OE de Moçambique.

No discurso, feito durante o Fórum Empresarial Moçambique – China, realizado na província de Jiangsu (leste), Nyusi enalteceu ainda os laços económicos com o “gigante” asiático:

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Apraz-nos afirmar que, atualmente, a China pontifica como parceiro estratégico na frente económica, através de investimentos e trocas comerciais.”

Desde 2012, a China aumentou em 160% o financiamento a Moçambique, tornando-se no ano passado o maior credor bilateral do país, segundo dados citados pela imprensa moçambicana.

Filipe Nyusi reúne-se quarta-feira com o Presidente chinês Xi Jinping, no Grande Palácio do Povo, no centro de Pequim.