O autorretrato do artista alemão Albrecht Dürer (1471-1528) cedido pelo Museu do Prado, em Madrid, vai estar em exibição no Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), em Lisboa, a partir de quarta-feira, anunciou a entidade.

A inauguração da exposição está prevista para as 12 horas no MNAA, onde será apresentada esta obra em óleo sobre madeira criada em 1498, uma das mais destacadas imagens do artista, conhecido por deixar um importante conjunto de autorretratos.

Nascido em Nuremberga, em 1471, Albrecht Dürer era filho de um ourives de origem húngara e os seus retratos a óleo encontram-se dispersos por museus como o Louvre de Paris, de 1493, e a Alte Pinakothek de Munique, datado de 1500.

Nesta obra vinda do Prado para o MNAA, Dürer representou-se aos 27 anos de idade, em pose elegante a três quartos, ligeiramente apoiado no parapeito de uma janela aberta sobre um vale, recortado no sopé de uma cordilheira de cumes nevados.

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Além das pinturas, Albrecht Dürer deixou longos apontamentos autobiográficos escritos ao longo da vida oferecem, segundo os especialistas, uma das mais completas imagens de um artista do Renascimento europeu.

A apresentação da obra vai estar a cargo de Alejandro Vergara, conservador do Museu do Prado, em Madrid, que cedeu o autorretrato em troca do tríptico “Tentações de Santo Antão”, da coleção do MNAA, para ser exibido na grande exposição dedicada a Hieronymus Bosch (1450-1516) que inaugura a 31 de maio.

“Tentações de Santo Antão”, a obra mais importante da coleção de pintura europeia do MNAA, vai figurar entre os 25 quadros de Hieronymus Bosch (1450-1516), ou a ele atribuídos, que a exposição “El Bosco: La exposición del centenário” apresentará no Museu do Prado, a partir de 31 de maio.