A Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) disse esta quarta-feira que respeita o direito à greve dos trabalhadores dos museus, mas espera que a Noite dos Museus, marcada para sábado, decorra “com a normalidade desejada”.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) convocou uma greve às horas extra dos vigilantes e rececionistas, na Noite Europeia dos Museus, que decorre das 18h00 à meia-noite do próximo sábado.

Contactado pela agência Lusa sobre a convocação da greve, a direção-geral respondeu, através do seu gabinete de imprensa que “a greve é um direito inalienável de qualquer trabalhador, que a DGPC, naturalmente, respeita”.

“Estamos, contudo, certos de que a Noite dos Museus decorrerá com a normalidade desejada”, acrescentou a DGPC.

De acordo com um comunicado divulgado pela Federação, estes trabalhadores foram notificados para trabalhar nesse dia, das 10h00 às 24h00, cumprindo um horário além da sua jornada normal.

Hoje, Dia Internacional dos Museus, os museus, palácios e monumentos da tutela da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) têm entrada livre e, na Noite dos Museus, a 21 de maio, estarão abertos gratuitamente a partir das 18h00, com um programa próprio de atividades.

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De acordo com a FNSTFPS, a greve visa “exigir do Governo o fim da precariedade e o pagamento do trabalho extraordinário de forma condigna”.

“Trabalham sábados, domingos e feriados e, agora, em nome dos festejos, estão a ser notificados para trabalhar das 10h00 às 24h00”, acrescenta, no comunicado.

“A persistente falta de pessoal, que há anos denunciamos, tem agravado as condições de trabalho nos museus, palácios e sítios arqueológicos”, justifica a federação.

Na terça-feira, na primeira audição do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes, na comissão parlamentar de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto, o governante anunciou ter chegado a um acordo com o Ministério das Finanças, para que sejam prolongados os contratos dos “mais de cem funcionários dos museus” que estavam em risco de serem dispensados.