A receita de contribuições e quotizações da Segurança Social acelerou ligeiramente em abril. O ministro do Trabalho, Vieira da Silva, revelou esta quarta-feira que a receita aumentou 4,8% nos primeiros quatro meses do ano. Este valor fica acima dos 4,7% que tinham sido já divulgados pela direção-geral do Orçamento (DGO), relativamente ao primeiro trimestre deste ano.

Até abril foram arrecadados 4.699,4 milhões de euros, mais 214,9 milhões do que no mesmo período de 2015. Descontando o comportamento da receita da contribuição extraordinária de solidariedade, o aumento foi de 4,9% face ao ano passado.

O ministro está esta manhã a ser ouvido na Comissão parlamentar do Trabalho, ao abrigo do regimento. Apesar da melhoria dos dados da receita da Segurança Social, Vieira da Silva reconheceu que o valor ainda fica abaixo da meta estabelecida pelo Governo no Orçamento do Estado deste ano, de 5,8%.

Ainda assim, registou o “comportamento significativamente positivo, que vem contrariar uma visão de irrealismo”. Vieira da Silva lembrou ainda que “muitas das medidas que ajudarão ao crescimento das contribuições ainda não estão em aplicação”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Contudo, e apesar das melhorias registadas na receita da Segurança Social, os dados do primeiro trimestre relativamente ao mercado de trabalho não são positivos, reconheceu o ministro:

O que os dados nos apontam é para a manutenção de sérios problemas no domínio do mercado de trabalho.”

Vieira da Silva referia-se ao aumento da taxa de desemprego para 12,4, entre janeiro e março.

Cláudia Joaquim, secretária de Estado da Segurança Social, fez um primeiro balanço da medida de alargamento do apoio social para os desempregados de longa duração: até ao momento, já deram entrada 564 requerimentos, na sequência das cartas enviadas aos beneficiários cuja prestação terminou em abril e maio do ano passado e que continuam sem trabalhar.