Quatro pessoas suspeitas de prepararem novos atentados na Bélgica foram detidas na região da Flandres, numa operação realizada quarta-feira pela polícia federal da Antuérpia, no âmbito da emissão de oito mandatos de busca, foi divulgado esta quinta-feira.

Segundo um comunicado da procuradoria federal e a imprensa local, os detidos são suspeitos de tentar recrutar voluntários, incluindo menores, para viajarem para a Síria ou Líbia, e de prepararem atentados no país. Apesar de a procuradoria federal não ter avançado muitos pormenores, os jornais belgas indicam que os detidos contactaram com Hicham Chaib, elemento de primeira linha dos extremistas do Estado Islâmico (EI) na cidade síria de Raqqa.

A vigilância das comunicações dos suspeitos mostrou os planos de um eventual ataque na estação de Antuérpia, acrescenta a imprensa. Os detidos foram acusados de participam em atividades de grupo terrorista, apesar de não terem sido encontradas armas, nem explosivos pelas autoridades.

Até agora não foi descoberta qualquer ligação com os atentados de 22 de março de Bruxelas ou de 13 de novembro de 2015 de Paris. Entretanto, o advogado de quatro sobreviventes dos ataques no metro de Maelbeek, junto de sedes das instituições europeias interpôs esta manhã processos judiciais para solicitar indemnizações à empresa que explora o metropolitano em Bruxelas.

O argumento evocado é que se tratou de “um acidente de circulação, no sentido lato da expressão” para que seja acionado o seguro da empresa. Três explosões reivindicadas pelos extremistas do EI na manhã de 22 de março causaram 32 mortos e mais de 300 feridos em Bruxelas.

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