Em 1983 David Copperfield fez desaparecer e reaparecer a Estátua da Liberdade, em Nova Iorque, à frente de um grupo de pessoas. Agora, 23 anos depois, o artista francês JR fez desaparecer a pirâmide de vidro frente ao Museu do Louvre. No entanto este ‘desaparecimento’ não é um truque de prestidigitação mas sim uma obra de arte.

“Nunca esquecerei este dia. Hoje vou fazer a Pirâmide do Louvre desaparecer”, anunciou JR, um artista de rua de Paris, França, que foi convidado pelo museu para cobrir a pirâmide de vidro gigante que está frente ao museu, no dia 25 de maio. A ideia era cobrir a estrutura desenvolvida pelo arquiteto I. M. Pei.

O desenho que cobriu a pirâmide é uma fotografia da fachada do Louvre e, do ângulo certo, parece que uma parte do museu voltou ao passado, com o efeito da fotografia a preto e branco que cobre a pirâmide.

JR começou a graffitar com 13 anos, nas ruas de Paris e ficou conhecido devido aos seus grandes painéis fotográficos que surgem nas paredes e no chão de cidades de todo o mundo. A Pirâmide do Louvre “reaparecerá” a 27 de junho.

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A pirâmide de vidro que está frente ao Louvre foi mandada erguer pelo presidente francês François Mitterrand em 1984. Segundo o projeto, deveria servir como uma alternativa à entrada tradicional do Louvre que já não podia suportar a afluência dos visitantes.

Depois de construída, a pirâmide foi alvo de controvérsia, sendo que vários parisienses demonstraram o seu desagrado com o design moderno da estrutura, a contrastar com a construção renascentista do museu, bem como pela escolha da pirâmide – uma estrutura que simboliza a morte, no Antigo Egito. Existia ainda a crítica de que o arquiteto de dupla nacionalidade (chinês e americano) I. M. Pei, não era francês o suficiente para ser encarregue com a tarefa de “modernizar” o museu do Louvre.