O BCP está a participar do processo de venda do Novo Banco, avançou esta terça-feira o Jornal de Negócios. O grupo de Nuno Amado terá assinado um acordo de confidencialidade para fazer parte do “data room”, processo no qual se dá acesso às informações detalhadas contidas no sistema de consulta de dados financeiros de um banco.

De acordo com a publicação, a participação do BCP na corrida à compra do Novo Banco já terá sido aceite pelos assessores financeiros da operação, o Deutsche Bank e o JP Morgan. Contudo, a Comissão Europeia ainda não se manifestou sobre a participação do banco na compra, uma vez que o BCP está proibido de fazer aquisições por ter recebido ajuda do governo. A proibição pode ser levantada apenas se for autorizada pela Direção-Geral da Concorrência europeia, pelo ministro das Finanças e pelo Banco de Portugal.

Segundo explica o Jornal de Negócio, o objetivo da compra do Novo Banco pelo BCP é o fato do grupo de Nuno Amado ser o segundo banco mais exposto ao banco de transição, motivo pelo qual o empresário defende a presença de um candidato português no processo.

O “data room” foi aberto a 9 de maio e também terá como potenciais interessados o Santander e o CaixaBank. Nesta etapa, os candidatos podem reunir-se com assessores do BCP para esclarecer dúvidas sobre a informação financeira do Novo Banco. Já as instituições que gostavam de posicionar-se como investidores de referência na alienação em bolsa acedem apenas a informação pública do banco.

Está previsto para junho o recebimento das propostas de compra. Apenas após 23 de junho, quando se realiza o referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia, será definido o modelo final de venda do banco.

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