Uma menina de 17 anos morreu num hospital privado no Egito, na província do Suez, durante uma operação de excisão genital, conta o The Guardian. Mayar Mohamed Mousa estava sob efeito da anestesia quando perdeu a vida para a mutilação genital feminina, uma prática proibida no país desde 2008. As autoridades estão a investigar o caso.

“Isto é algo que a lei proibiu”, disse Lotfi Abdel-Samee, um elemento do ministério da Saúde egípcio, que avançou ainda que a mãe da vitima é enfermeira e o pai cirurgião.

O diário inglês conta ainda que o hospital foi encerrado na segunda-feira e que os pacientes foram transferidos para outros hospitais. O responsável pela instituição e a equipa médica envolvida na operação de Mayar Mousa foram interrogados.

Esta prática, que consiste na remoção parcial ou total dos órgãos genitais externos femininos (clitóris, pequenos e grandes lábios), afeta cerca de 200 milhões de mulheres e meninas pelo mundo. Em Portugal, acredita-se que estarão a viver por cá mais de seis mil mulheres que foram submetidas à excisão genital. Segundo este artigo do Público (fevereiro), a maioria dos casos observados no nosso país pertence à comunidade imigrante da Guiné-Bissau. A seguir surgem países como Guiné-Conacri, Senegal e Egito.

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