O comunicado de imprensa emitido esta quinta feira pela Comissão Europeia confirmou que a UE tem em vista um novo apoio para 2017 que consistirá num projeto-piloto, a constar no orçamento geral da União Europeia. A sustentabilidade financeira deste ano da orquestra continuará a ser assegurada pela Europa Criativa com um subsídio no valor de 600 mil euros. O objetivo no futuro é que a OJUE tenha possibilidades de se sustentar de forma independente, para além do apoio da União Europeia.

A proposta deste novo financiamento, feita na sessão de 31 de maio no Conselho Cultura/Audiovisual da União Europeia, reuniu o apoio de vários Estados-Membros, segundo o comunicado de imprensa. A Orquestra lançou ainda em maio a campanha #SaveEUYO, uma campanha pública com concertos e protestos em cidades europeias, que moveu músicos e personalidades em redor desta causa.

[Um dos exemplos do apoio à campanha #SaveEUYO da Orquestra Sinfónica da Cidade de Birmingham]

Na página oficial, a OJUE congratula a decisão da Comissão Europeia, mas afirma “não ter ilusões no tempo que demorará até o processo de financiamento se concretizar”. Termina a declaração com uma ténue esperança de dever cumprido : “É um passo significativo na campanha”.

O Presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Junker, já tinha anunciado publicamente o apoio à Orquestra de Jovens da União Europeia (OJUE) quando assumiu funções em 2014. Entre as várias personalidades em Bruxelas, desde Martin Schulz, presidente do Parlamento Europeu, até Federica Mogherini, alta representante da UE da política externa e segurança, a unanimidade em redor da manutenção da orquestra parecia ponto assente. No entanto, a 20 de maio, a Orquestra de Jovens da União Europeia alertava para o perigo da extinção do grupo. Em causa, estaria a falta de financiamento após o anúncio do fim da parceria da orquestra com o programa Europa Criativa, programa da UE de apoio ao setor artístico e cultural.

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