Os edifícios são os maiores consumidores de energia do mundo, representando mais de um terço da energia final consumida no planeta. Na mesma medida, são uma das maiores fontes de emissões de dióxido de carbono. Reduzir o consumo de energia e as emissões no setor imobiliário deve ser uma causa pública com objetivos atingíveis.

Os locais onde vivemos e trabalhamos são responsáveis por 40% do consumo de energia final e por 36% das emissões de dióxido de carbono em toda a Europa. No entanto, esta fatura energética pode ser reduzida para metade apenas mediante a adoção de medidas de eficiência e aproveitamento de energia, podendo representar uma redução anual de 400 milhões de toneladas de CO2 .

Atualmente, cerca de 35% dos edifícios construídos no espaço europeu tem mais de 50 anos e consome, em média, cinco vezes mais energia do que as novas construções. Através da melhoria da eficiência energética poderíamos reduzir o consumo de energia na UE em cerca de 6% e baixar o nível de emissões de CO2 em cerca de 5%.

O reconhecimento desta situação levou a União Europeia a promover um conjunto de medidas com vista a impulsionar a melhoria do desempenho energético e das condições de conforto dos edifícios. Nesse sentido, foram estabelecidas as linhas de orientação de uma metodologia de cálculo do desempenho energético integrado dos edifícios, os requisitos mínimos de desempenho energético em novos edifícios e também nos já edificados, que entretanto sejam sujeitos a obras de renovação.

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Quais são as necessidades energéticas para manter uma habitação à temperatura de 20ºC no inverno e de 25ºC no verão? Esta é a pergunta de partida no momento da auditoria de certificação energética de edifícios, pressupondo a situação de conforto térmico ideal nesta região do planeta. A certificação é obrigatória desde 2009, sendo o cumprimento da obrigação verificado no momento de qualquer transação dos imóveis, seja por venda ou por arrendamento.

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O serviço de Certificação Energética tem o objetivo de identificar patologias ao nível do desempenho energético dos edifícios. Além deste diagnóstico, os técnicos disponibilizam também um conjunto de sugestões que permitem aos proprietários dos edifícios ajustar e corrigir os problemas identificados.

Isto pode passar por investir em equipamentos de melhoria do conforto ou por medidas práticas e muito simples que promovem a imediata redução dos consumos.

Assumindo o compromisso com a sustentabilidade, a Bosch oferece este serviço de Certificação Energética que engloba a avaliação do desempenho energético de um edifício ou de uma fração autónoma, a atribuição da etiqueta de desempenho energético e também um relatório de recomendações e medidas para tornar as habitações mais confortáveis, eficientes e económicas. Mais do que uma imposição legal, o processo deve ser encarado como forma de valorizar um imóvel e contribuir para a preservação do ambiente.

A propósito da entrada da gigante alemã neste negócio, o responsável pela área de Serviço de Certificação Energética da Bosch em Portugal, Rui Oliveira, admite que “esta é uma oportunidade com um potencial enorme, basta pensar que o setor dos edifícios representa cerca 30% do consumo energético no nosso país.

Logo, qualquer redução será sempre bem-vinda. Por mínima que seja, vai sempre melhorar a qualidade de vida das pessoas e reduzir a nossa dependência dos combustíveis fósseis.”

Trata-se também de prosseguir uma política de responsabilidade social, num compromisso com a eficiência energética para minimizar a dependência energética a nível nacional e europeu. O projeto começou pela área da habitação, evoluindo naturalmente para os edifícios de serviços e também para as unidades industriais, traduzindo-se num complemento estratégico às atividades do grupo em Portugal, nomeadamente na divisão de Termotecnologia.

As vantagens competitivas do serviço Bosch passam pela “rapidez e elevada disponibilidade em qualquer parte do país através de uma rede que conta atualmente com mais de 60 peritos. Além disso, temos o Call Centre exclusivamente dedicado à certificação energética, disponível entre as 9h e as 19h nos dias úteis, que pode ser usado para pedir informações sobre o serviço, para esclarecimento de duvidas ou para conhecer o estado de processos de certificação que o cliente tenha em curso”.

A oferta comercial inicia-se nos 120€, incluindo as taxas obrigatórias por lei, e varia depois conforme a tipologia, área e tipo de edifício.

O Certificado Energético reflete o grau de desempenho energético de edifícios ou frações autónomas, resumindo de modo simples e intuitivo a informação técnica e especializada. Torna-se assim mais fácil e acessível a qualquer pessoa reconhecer, num relance, quais as condições de conforto térmico e de qualidade do ar interior de um determinado edifício.

Cada imóvel é classificado através de uma etiqueta, numa escala de classes energéticas que varia de A+ (mais eficiente) a F (menos eficiente), idêntica à que conhecemos nos eletrodomésticos. O certificado é válido por 10 anos e é apenas referente às condições e circunstâncias observadas no momento da aferição, não vinculando os proprietários a nenhuma obrigação de implementar medidas de melhoria eventualmente propostas. No entanto, a adoção daquelas medidas terá sempre um impacto direto e favorável na fatura energética e no conforto do imóvel.

Rui Oliveira explicou-nos que “numa habitação são analisadas as necessidades energéticas quer para aquecer quer para arrefecer uma casa, quer para aquecimento de águas sanitárias. É também avaliado o tipo de envolvente como os sistemas que climatizam essa envolvente, o tipo de cobertura, pavimentos, caixilharias, envidraçados”. Na verdade, só não são tidos em conta os eletrodomésticos que podem ir alterando consoante o proprietário.

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MÁRIO CRUZ/LUSA

Existem medidas de melhoria que podem incidir sobre a troca ou instalação de equipamentos de climatização, permitindo num determinado imóvel economizar cerca de 700 euros por ano. Neste caso o cliente questiona-se e duvida, uma vez que a sua fatura anual nunca atinge aquele valor. Para Rui Oliveira a explicação é simples, “porque esta poupança assume que existem condições ideais de conforto na habitação. No nosso país ainda toleramos muito o desconforto térmico nos imóveis, suportamos o frio no inverno e o calor no verão.”

O serviço de Certificação Energética da Bosch Portugal, lançado em 2012, apresenta um “balanço positivo, estando nesta fase ainda a crescer. O começo foi muito focado na habitação que era o grande volume. Já na área terciária, a preocupação começou a notar-se primeiro no setor privado, nas grandes empresas que assumem a sua responsabilidade social e depois passou por várias fases à medida que a legislação foi sendo adotada” explicou Rui Oliveira.

Ainda segundo o responsável, “a alteração legislativa de 2013 obriga a publicitação da classe energética em caso de venda ou aluguer, sendo neste último caso obrigatório identificar o número de Certificado Energético nos contratos de arrendamento. Logo isso levou ao aumento do número de ações de certificação, havendo a juntar a isto todo o parque imobiliário já edificado que se encontra em comercialização e que teve de ser certificado nos últimos três anos.”

O futuro aponta na direção do setor industrial e dos grandes consumidores de energia. Para Rui Oliveira “é essencial consubstanciar o negócio junto do setor terciário e nas grandes unidades industriais”, adiantando que já está em curso o processo de certificação do Hospital de Aveiro que, à semelhança de outros hospitais, “é considerado um consumidor intensivo de energia, onde é importante reduzir custos e desperdícios.

Queremos trabalhar o setor industrial, porque pensamos que há um longo caminho a fazer pela eficiência energética de unidades e parques industriais”, conclui.
Com mais de um século de história, a reputação da Bosch remete para uma cultura de inovação comprometida com a preservação do meio ambiente, baseada na oferta de serviços de excelência com elevados padrões de qualidade. Seja através do serviço de certificação ou dos equipamentos que disponibiliza, a marca alemã contribui para a preservação ambiente e para redução de desperdícios, na certeza de que a melhoria do desempenho energético dos edifícios apenas pode ser alcançada com recurso a soluções construtivas eficientes.