O rio Sena, em Paris, pode ultrapassar esta sexta-feira o nível máximo da água registado em 34 anos, com valores estimados entre 6,30 e 6,50 metros.

O Ministério do Ambiente francês, citado pelo jornal Le Figaro, alertou que, até ao final da tarde desta sexta, “nas hipóteses mais desfavoráveis”, as águas podem atingir entre 6,30 a 6,50 metros, o que ultrapassa o máximo registado desde 1982, de 6,15 metros.

“O nível alto deverá manter-se estável durante o fim de semana antes de começar a recuar”, é um dos avisos no comunicado do Ministério, citado pelo jornal francês.

Os museus situados à beira do rio Sena já se encontram com as margens inundadas, obrigando as autoridades a retirar as obras de arte que estavam no subsolo.

O museu d’Orsay vai ficar de portas fechadas até terça-feira para garantir o bom estado da totalidade das peças.

O Louvre, um dos museus mais visitados do mundo, está fechado e, segundo a direção, “vários milhares de obras” foram guardadas.

Num momento em que o balanço das cheias na Europa é de 14 mortos, alguns turistas e habitantes de Paris ainda param para fotografar o rio a transbordar.

Gabriel Riboulet, empresário de 26 anos, disse à agência noticiosa France Presse que este tipo de cheias recorda as limitações da construção humana.

“Isto lembra-nos que a natureza é mais forte do que o Homem. Não se pode fazer nada, por isso espera-se”, comentou.

O militar australiano Matt Dale, que está de visita, com a noiva, pela primeira vez a França, mostrou-se impressionado com esta inundação, em comparação com outras situações que já presenciou.

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