O Papa Francisco decretou a expulsão da igreja dos bispos que mostrem um comportamento negligente, sobretudo em relação aos casos de abusos sexuais de menores ou adultos vulneráveis.

A Santa Sé publicou este sábado o “motu proprio” (documento papal) “Como uma mãe amorosa” com o qual se reformam os artigos do Código de Direito Canónico em que se estipula a possibilidade de expulsar um eclesiástico por “causas graves”, especificando pela primeira vez o que se entende por este conceito.

“Com o presente documento pretendo precisar que entre as denominadas “causas graves” se inclui a negligência dos bispos no exercício das suas funções, particularmente em relação aos casos de abusos sexuais a menores e adultos vulneráveis”, assinala o pontífice.

Em causa está o facto de muitos bispos optarem por encobrir os casos de abusos sexuais praticados por padres, transferindo-os de paróquia em paróquia em vez de os denunciarem às autoridades A ideia agora, assegurou o Papa, é precisamente apertar as leis do Vaticano que incidem sobre a responsabilização dos bispos neste tipo de crimes.

Este sábado, no Twitter, o líder máximo da igreja católica deixou uma mensagem sobre a proteção das crianças: “Escutemos o grito das vítimas e daqueles que sofrem: nenhuma família sem casa, nenhuma criança sem infância”.

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O decreto da Santa Sé aprovado este sábado surge assim como resposta à longa batalha das vítimas de abusos sexuais para verem os membros da igreja católica serem responsabilizados pelas constantes falhas na proteção dos menores.