A porta-voz do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, apelou hoje para que as verbas que o Estado vai poupar com o fim do subsídio público aos colégios privados sejam canalizadas para melhorar a qualidade do ensino público.

“Fez-se um trabalho importante para acabar com rendas para os colégios privados onde não se justificava e, portanto, não gastar dinheiro que não deve ser gasto. Mas agora é importante garantir que essa poupança com colégios privados é reforço na escola pública”, realçou aos jornalistas, durante uma ação do BE na Feira do Livro, em Lisboa.

Para a responsável, “a escola pública precisa de fazer mais, precisa de fazer melhor, precisa de mais meios”.

“A escola pública deve ser uma luta para todos. Porque a escola pública é importante para toda a democracia”, acrescentou.

A líder do BE deixou um apelo para que pais e alunos se juntem aos professores na manifestação em defesa da escola pública agendada para 18 de junho, em Lisboa.

“No dia 18, às 14:30, no Marquês de Pombal, há uma manifestação em nome da escola pública. Não é uma manifestação de professores. É uma manifestação de todos aqueles e aquelas – professores, mas não só, alunos e famílias – que no país acreditam que a escola pública é importante”, considerou.

No âmbito da redução dos contratos de associação assinados com escolas privadas, o Ministério da Educação divulgou uma análise da rede escolar privada na qual aponta para cada colégio as escolas públicas que podem servir de alternativa e acolher alunos abrangidos por esses contratos.

Com base nesse estudo, a tutela determinou uma redução de turmas de início de ciclo para o próximo ano letivo de 57%: de 656 em 2015-2016 para 273 em 2016-2017, o que representa uma poupança de quase 31 milhões de euros para o Estado.

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