Cerca de 23 milhões de peruanos vão hoje às urnas para escolher o novo Presidente: a candidata da direita populista Keiko Fujimori, filha de um ex-Presidente, ou o ex-banqueiro de Wall Street Pedro Pablo Kuczynski, de centro-direita.

A dois dias das eleições, as sondagens davam-lhes um empate técnico, depois de Fujimori, de 41 anos, ter perdido, na reta final da renhida corrida, a margem superior a cinco pontos percentuais que até então detinha para o adversário, de 77 anos.

Ambos os candidatos prometeram combater o crime e criar emprego no país, uma das mais fortes economias da região.

Mas, após a sondagem realizada a uma semana do escrutínio que dava a Fujimori um avanço de 5,3 pontos percentuais, ela enfrentou um debate televisivo difícil com Kuczynski e uma manifestação maciça contra ela em Lima, a 31 de maio.

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Um dia antes, a 30 de maio, a candidata que ocupou o terceiro lugar na primeira volta das eleições, a esquerdista Veronika Mendoza, anunciou o seu apoio a Kuczynski.

O diretor da consultora e empresa de sondagens CPI, Manuel Saavedra, estimou que, a dois dias do escrutínio, havia ainda cerca de 5% de eleitores indecisos, o que considerou suficiente para virar o resultado contra a conservadora populista Fujimori, que é popular nas comunidades rurais pobres mas tem também uma elevada taxa de desaprovação.

Muitos peruanos associam-na ao autoritarismo do pai, Alberto Fujimori, que se encontra a cumprir pena de prisão por corrupção e massacre de opositores por ele acusados de terrorismo.