O ministro das Relações Exteriores brasileiro, José Serra, disse esta segunda-feira que o governo está preocupado com a crise na Venezuela, inclusive com as “prisões arbitrárias”, e ofereceu medicamentos e ajuda para alcançar um entendimento.

“Temos acompanhado com apreensão os acontecimentos na Venezuela: a radicalização política, o aprofundamento da crise económica e o contínuo agravamento da situação humanitária e dos direitos humanos, inclusive das prisões arbitrárias”, lê-se num comunicado divulgado pela tutela.

Segundo o ministro, o governo está igualmente preocupado com “o sofrimento do povo venezuelano devido ao desabastecimento alimentar, à superinflação e ao colapso da oferta de medicamentos”.

“Queremos assegurar que o Governo brasileiro apoia iniciativas construtivas que visem promover um entendimento entre o atual governo venezuelano e a oposição”, informou.

José Serra enfatizou que, “como país vizinho, amigo e solidário da nação venezuelana, o Brasil está pronto a contribuir na busca desse entendimento”.

O governante disse ainda que o país quer “colaborar para o atendimento das carências mais críticas que afetam a população do país vizinho”.

“Estamos dispostos a doar medicamentos básicos produzidos pelos nossos laboratórios públicos, entregando-os a organizações internacionais humanitárias que possam promover a sua distribuição”, lê-se no documento.

A Venezuela enfrenta uma grave crise política, social e económica, com falta de abastecimento de bens essenciais, e elevada inflação, que no ano passado chegou aos 180%.

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