O presidente do Gil Vicente, António Fiúsa, afirmou esta terça-feira que está a ponderar processar Gilberto Madaíl e Amândio de Carvalho depois de a justiça civil ter aberto as portas ao regresso dos minhotos à I Liga de futebol.

O dirigente, que falava após a tomada de posse de Fernando Gomes como presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), abriu também a possibilidade de processar três outros intervenientes no processo.

“A comissão disciplinar da Liga, o doutor juiz Pedro Mourão. Juiz?! O doutor Frederico Cebola. Juiz?! No Conselho de Justiça, o doutor Mortágua e a sua equipa. A sua carneirada. O doutor Gilberto Madaíl e o Amândio de Carvalho. Como é que é possível que tenham invocado o interesse público?! Será que o Gil Vicente era da Galiza? Esta máfia tem de ser responsabilizada”, afirmou.

António Fiúsa relembrou que nunca teve dúvidas num desfecho positivo neste processo, até porque, neste momento “quer a federação, quer a liga, têm pessoas responsáveis e sérias”

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“A decisão do tribunal foi clara e taxativa. Só tenho pena que se tenha feito justiça passados dez anos. Na altura, aquela máfia que estava a comandar os órgãos desportivos é que fez passar aos portugueses que o Mateus estava mal inscrito. Fomos penalizados, porque fizeram crer às pessoas que recorremos aos tribunais por questões estritamente desportivas, mas fomos por uma questão administrativa, de contrato de trabalho”, recordou.

Sem estar preocupado se o Belenenses, clube que garantiu a manutenção em 2006 com a descida administrativa do Gil Vicente para a II Liga, vai ou não recorrer desta decisão do tribunal, Fiúsa prometeu muita festa no final do mês de julho ou início de agosto.

“É para o lado em que durmo melhor. Às vezes vira-se o feitiço contra o feiticeiro. O Gil Vicente foi despromovido à II Liga por batota. Se tivermos de jogar mais um ano na II Liga, espetáculo, jogo com os juniores, não vai haver verdade desportiva, mas como sei que para o ano subo administrativamente, estou-me a marimbar”, disse.

Sobre este caso, Rui Pedro Soares, presidente da SAD do Belenenses garante que não faz sentido falar em penalização da equipa do Restelo por uma decisão tomada há 10 anos.

“Estamos a analisar. Quando houver alguma decisão iremos comunicar. Não faz sentido falar em descida de divisão do Belenenses. O acórdão diz que deve ser considerada nula a sentença de 2006. Em breve iremos dizer alguma coisa”, garantiu,

Já Pedro Proença, presidente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional, repetiu o que o organismo tinha já anunciado.

“Não vamos recorrer da decisão judicial. Vamos dar execução àquilo que foi decidido. Infelizmente, temos de viver com esta justiça portuguesa que só produz resultados ao fim de 10 anos”, criticou.