O ministro da Economia diz que os investidores “não estão assustados, nem têm medo de investir em Portugal”, apontando como exemplo terem sido esta terça-feira aprovados incentivos para duas multinacionais investirem 90 milhões de euros.

“São 500 postos de trabalho, trata-se de dois grandes projetos de investidores internacionais que mostram bem que não estão assustados, nem com medo, estão confiantes na economia portuguesa e a fazer investimentos com um compromisso de longo prazo”, afirmou Manuel Caldeira Cabral, em declarações aos jornalistas.

O ministro referia-se a “dois grandes projetos”, um da ‘Faurencia’ e outro da Continental Mabor, num total de 90 milhões de euros que, frisou, “receberam hoje a aprovação aos incentivos e vão poder avançar”.

Falando em Lousada, onde esta terça-feira participou numa iniciativa da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Tâmega e Sousa, o ministro insistiu que Portugal “é um país amigo do investimento”.

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Partindo do elogio que deixou aos empresários daquela região, por terem conseguido tornar as suas indústrias, de setores tradicionais, competitivas em termos internacionais, comentou: “São empresários que souberam provar que essas indústrias [calçado e têxtil] tinham futuro e que a suas empresas podiam vencer com uma aposta forte que fizeram na qualidade, na inovação, na formação dos seus trabalhadores e conseguiram dar a volta e estão hoje a investir”.

Para Manuel Caldeira Cabral, “são empresários como estes e como os 3.552 que apresentaram, só em abril e maio, projetos ao sistema de incentivos para fazer investimentos, que no total chegariam aos 3.000 milhões de euros, que dão animação e confiança”, na economia portuguesa.

Antes, o presidente da Câmara de Lousada, Pedro Machado (PS), como anfitrião da iniciativa, e o presidente da CIM do Tâmega e Sousa, Inácio Ribeiro (PSD), tinham sensibilizado o ministro para a necessidade de medidas e apoios financeiros que ajudem aquele território a diminuir as assimetrias com outras regiões e a melhorar alguns indicadores negativos, ao nível do rendimento, emprego, qualificação e formação profissional. Os autarcas lembraram também os progressos alcançados em alguns setores da economia regional, como o calçado, o vinho verde ou o têxtil, entre outros.

A propósito, Manuel Caldeira Cabral sublinhou que, do lado da economia, setor que tutela, os empresários do Tâmega e Sousa têm oportunidade de apresentar candidaturas aos fundos do Portugal 2020 que podem impulsionar a competitividade em termos nacionais e internacionais dos seus negócios.