Os Jogos Olímpicos são um desafio para qualquer fotógrafo. No caso da competição no Rio de Janeiro, que se inicia a 5 de agosto, cerca de 12.500 atletas de 206 países vão disputar em 16 dias 28 modalidades, o que representa uma missão para agências de notícias e fotógrafos, que devem organizar-se para estar no lugar certo à hora certa, de modo a não perder nenhum momento decisivo. Mas, e se a imagem ficar desfocada? Ou faltar a precisão de um detalhe? Como registar um instante com rapidez e originalidade? Para todas as perguntas, a resposta está na tecnologia.

A Getty Images, agência oficial do Comité Olímpico Internacional (COI), em parceria com a Nikon, anunciou na última semana que vai usar durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro uma nova tecnologia para melhorar a precisão das fotografias. Desenvolvida pela empresa Mark Roberts Motion Control, trata-se de uma sonda robótica controlada remotamente que permite a alterar o ponto de vista da imagem, a distância focal da lente e até mover a câmara 360 graus.

Segundo explica o site Mashable, a ideia é que o profissional utilize a sonda através de um computador ou um tablet e personalize o registo final a partir de diversas opções de configurações, de acordo com o desporto. Comparativamente, as tecnologias atuais de fotografia remota permitem apenas a configuração de foco e exposição da câmara.

A sonda conecta-se através de um cabo com a câmara e possui um cabo de rede, que pode ser usado para conectar-se com computadores no local do evento ou com um hub, de modo a que as imagens cheguem mais rapidamente à base de dados da Getty. De acordo com a publicação, o equipamento pode ser configurado em apenas 45 minutos e ainda estão a ser definidos as arenas e os estádios onde serão instalados. O site avança ainda que a agência espera posicionar as sondas três semanas antes da cerimónia de abertura.

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Ainda como parte da cobertura dos Jogos Olímpicos, a Getty Images vai disponibilizar para todos os seus fotógrafos uma câmara 360 graus para complementar o registo de imagens durante a competição. De acordo com a diretora executiva da empresa, Dawn Airey, apesar de a tecnologia ainda estar numa fase embrionária, as imagens em 360 graus vão tornar-se um ferramenta essencial para contar histórias visuais sobre as Olimpíadas. “O diverso alcance de conteúdos em 360 graus que produzimos – desde a passadeira vermelha, estádios dos maiores eventos desportivos do mundo e a linha de frente de conflitos armados – permite que as pessoas tenham acesso a informações e experiências que antes estavam fora dos limites”, assegurou, em entrevista ao site Engadget.