Em três minutos e 30 segundos, a ex-ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, explica o défice excessivo de 2015 e tenta desfazer aquilo que classifica como “muita confusão”. No vídeo, publicado pela PSD@TV, argumenta que “se for descontado o efeito do Banif, o défice efetivamente ficou em 3%” do PIB.
A deputada social-democrata argumenta que o resultado final, reportado pelas instituições estatísticas, de 4,4% “não tem a ver com o esforço” feito pelo Governo ou pelo país. “Os sacrifícios foram reais, palpáveis”, diz, atirando a responsabilidade do valor global para “alterações de metodologia”, ou fatores que o Governo não controla.
Além disso, Maria Luís Albuquerque aproveita para dizer que o valor de 3,2% a que a Comissão Europeia se refere no seu relatório da primavera corresponde apenas ao défice descontando o efeito de medidas extraordinárias. E, por isso, argumenta, esta é uma “questão distinta” que não é relevante no apuramento do cumprimento das metas estabelecidas no âmbito do Procedimento por Défice Excessivo.
A ex-ministra conclui defendendo que é “muito difícil justificar a aplicação de sanções”, porque “não se pode dizer que Portugal não fez o esforço a que estava obrigado.”