A ex-secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton confirmou na noite de terça-feira, após a vitória nas primárias de New Jersey, que conseguiu os apoios suficientes para ser nomeada candidata do Partido Democrata nas eleições presidenciais dos Estados Unidos da América deste ano. Mas, num discurso ao final da noite nos EUA, Bernie Sanders recusou dar a vitória a Clinton e diz aos seus apoiantes que ainda “há luta pela frente”, ainda que uma “luta difícil”.

Falando perante apoiantes em Nova Iorque, Clinton afirmou que “pela primeira vez na história” dos Estados Unidos da América “uma mulher será nomeada por um grande partido” como candidata à Casa Branca. “A vitória não é de uma pessoa — é de gerações de mulheres e homens que lutaram e se sacrificaram para tornar este momento possível”, afirmou a antiga Primeira Dama.

A ex-secretária de Estado norte-americana falava depois de se saber que ganhou as primárias de terça-feira do Partido Democrata no estado de New Jersey e South Dakota. Horas depois, soube-se, também, que tinha vencido no New Mexico. Já Bernie Sanders ganhou as primárias de North Dakota e Montana. Só várias horas mais tarde, pelas 11 horas da manhã em Lisboa, saíram as primeiras notícias de que Hillary Clinton também venceu no estado da California.

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Depois de considerar este momento “histórico”, por haver uma mulher na liderança de um dos dois grandes partidos nos EUA, Hillary deu os parabéns a Bernie Sanders, com quem diz ter tido um “debate vigoroso” que foi “muito positivo” para o partido democrata e para os EUA.

“Ele [Sanders] passou a sua longa carreira de serviço público, lutando por causas progressistas e princípios que entusiasmam milhões de pessoas, incluindo os jovens”.

Barack Obama, o atual presidente, já terá telefonado aos dois candidatos e dado os parabéns a Hillary Clinton pela nomeação. Mas Bernie Sanders não desiste.

Bernie Sanders diz-se “bastante bom na aritmética” e, portanto, sabe que está perante “uma luta difícil”. Mas garante que vai continuar a “lutar por todos os votos”.

Já na terça-feira, e antes da realização das primárias, diversos meios de comunicação social dos EUA haviam já calculado que Clinton possuía já os apoios necessários para ser nomeada a candidata do Partido Democrata nas eleições presidenciais de novembro. O seu adversário deverá ser o magnata Donald Trump, pelos republicanos.