Dois altos responsáveis da Polícia da Venezuela foram esta quinta-feira afastados das suas funções, a pedido de ‘grupos’ afetos ao regime do Presidente Nicolás Maduro, que os acusaram de “atos hostis” durante a detenção de cinco alegados criminosos.

A medida foi ordenada pelo ministro das Relações Interiores, Justiça e Paz, Gustavo González López, depois de representantes do coletivo armado Três Raízes, se reunirem com o vice-Presidente da Venezuela, Aristóbulo Isturiz.

Foram destituídos o chefe de Operações Especiais da Polícia Nacional Bolivariana (PNB), Eduardo Serrano, e o comissionado Mariño Ostos, desse organismo policial.

Segundo a estação de televisão NTN24 o coletivo armado Três Raízes bloqueou, na última segunda-feira, os acessos ao bairro chavista de “23 de Enero” em protesto contra um procedimento realizado por oficiais da PNB contra cinco dos seus membros, suspeitos de envolvimento na morte de um militar e no sequestro de um diplomata que teria conseguido escapar e revelou o sítio onde permaneceu em cativeiro.

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Esta situação levou a PNB e os Serviços Bolivarianos de Inteligência (Sebin, serviços secretos) a efetuarem rugas em várias localidades do centro e do oeste de Caracas. Os membros daquele grupo receberam a polícia a tiros.

Por outro lado o coletivo denunciou que os seus membros foram detidos injustamente e que a polícia tinha “semeado” armas e ameaçou bloquear os acessos às localidades de Cátia e Miraflores, esta última onde está situado o palácio presidencial.

Segundo o diário 2001, o coletivo divulgou um comunicado, vídeos e sons que supostamente dão conta do momento em que era planeada a simulação de atos criminosos contra os detidos.