O Parlamento aprovou esta quinta-feira um voto apresentado pelo CDS-PP que condena os recentes atentados na Turquia e apela ao reforço da cooperação no âmbito da Aliança Atlântica para responder “com maior prontidão à ameaça terrorista”.

“A Assembleia da República condena a barbaridade destes atos terroristas inqualificáveis, expressa o seu pesar pela perda de vidas humanas, vítimas do radicalismo violento nas duas cidades turcas de Istambul e Midyat e manifesta a sua solidariedade ao povo e às autoridades turcas”, refere o voto.

O texto foi aprovado com os votos favoráveis do PSD, CDS-PP, PS e PAN e os votos contra do PCP, BE e PEV.

Além de expressar o repúdio pelos atentados de 7 e 8 de junho na Turquia, que provocaram 16 mortos e 66 feridos em que “grande parte das vítimas mortais são elementos das forças de segurança”, o voto defende que é preciso “agir em consequência”.

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“Isso significa estreitar os laços de cooperação, no quadro da Aliança Atlântica, para reagir com maior prontidão à ameaça terrorista”, alegando que a “luta eficaz contra o terrorismo é um desafio” que convoca todos.

A Turquia permanece há vários meses em estado de alerta devido a uma sucessão de ataques relacionados com o conflito curdo ou atribuídos ao grupo Estado Islâmico (EI). Em fevereiro e março, dois atentados com viatura armadilhada provocaram cerca ade 60 mortos no centro de Ancara, a capital turca. Foram reivindicados pelos Falcões da liberdade do Curdistão (TAK), um grupo radical e dissidente do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que em 1984 desencadeou uma rebelião armada contra o Estado turco pela autonomia do Curdistão turco, com provocou mais de 40 mil mortos.

A 12 de maio, oito pessoas ficaram feridas na explosão de uma viatura armadilhada perto de um quartel militar na zona asiática de Istambul.