Os casos do vírus zika registados no Brasil caíram 87% entre fevereiro e maio deste ano, segundo dados apresentados esta sexta-feira pelo ministro da Saúde brasileiro, Ricardo Barros, no Rio de Janeiro. “O pico de maior incidência de notificações da doença foi registado na terceira semana de fevereiro, com 16.059 casos. Na primeira semana de maio, os registos caíram para 2.053”, lê-se num comunicado da tutela. De acordo com o Ministério da Saúde, este ano “o declínio de casos começou antes do previsto, uma vez que historicamente o pico das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti é em abril”.

O município do Rio de Janeiro, por exemplo, teve o maior registo de casos na terceira semana de fevereiro (2.116) e, nas semanas seguintes, os dados caíram, chegando a 208 em maio, o que representa uma redução de 90%. “De acordo com um estudo divulgado pela Universidade de Cambridge, a expectativa é de menos de um caso de infeção entre os 500 mil turistas que devem chegar para os Jogos Olímpicos”, afirmou o ministro, em conferência de imprensa com os correspondentes estrangeiros.

Ricardo Barros reforçou que “o risco de zika é mínimo, principalmente pelas condições climáticas da época e pela mobilização no combate ao mosquito” no Rio de Janeiro. Segundo o titular da pasta da Saúde, durante o Campeonato do Mundo de futebol, em 2014, as pessoas também tinham medo de vir ao país e apanhar doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, mas, durante o período, foram apenas registados três casos em turistas.

O governante adiantou que a cidade terá um reforço de 2,5 mil profissionais da área da saúde durante os Jogos Olímpicos, que decorrem entre 5 e 21 de agosto, e todos os atletas sob a responsabilidade do Comité Olímpico terão disponíveis repelentes, roupas específicas e os materiais necessários. O vírus da zika está presente em 60 países, sendo o Brasil o país mais afetado pela atual epidemia.

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