O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro está preocupado com a redução dos prazos de testes, de um ano para dois meses, da nova linha de metropolitano construída para os Jogos Olímpicos 2016. “Queremos ter a certeza de que as pessoas serão transportadas com segurança, tendo em vista que o período de testes, que seria de um ano, foi reduzido para 90 dias e, depois, para 60 dias, e será concluído no dia 31 de julho, na véspera do início da circulação parcial”, afirmou o presidente do organismo, Jonas Lopes de Carvalho Junior.

Para além da redução do tempo de testes, os técnicos do tribunal constataram e incluíram num relatório o “ritmo acelerado imposto à fase final das obras”, devido ao atraso do cronograma inicial, segundo um comunicado da instituição. De acordo com o relatório, a aceleração das obras “suscita dúvidas quanto à suficiência do tempo reservado a todos os ajustes e testes necessários para a realização de uma operação segura e confiável”.

O projeto deveria ter sido concluído em outubro de 2014, para que tivesse sido realizado um ano de testes antes da entrada em funcionamento, em outubro de 2015. Na sequência do relatório, o tribunal decidiu, quinta-feira, em sessão plenária, determinar à empresa de transportes RioTrilhos que realize “com a antecedência necessária todos os testes no sistema que entrará parcialmente em operação no dia 1 de agosto”, de acordo com o comunicado.

“Além disso, a RioTrilhos terá que encaminhar ao tribunal, no prazo de 30 dias, os relatórios referentes a todas as verificações feitas até o momento na Linha 4” do metropolitano, lê-se na nota. Cópias do relatório serão encaminhadas ao Comité Olímpico Internacional (COI), à Autoridade Pública Olímpica, à Câmara Municipal do Rio de Janeiro, ao Conselho Regional de Engenharia e Agronomia e ao Corpo de Bombeiros Militares do Estado.

A obra é considerada essencial para os Jogos Olímpicos de 2016, que decorrem no Rio de Janeiro de 5 a 21 de agosto.

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