Quase sete anos depois da abertura do primeiro restaurante, o Sushic dá agora nome a quatro espaços, consome quatro toneladas de peixe por mês, fatura três milhões de euros anuais e vai avançar para mais um estabelecimento em Lisboa.

O dono da empresa, Hugo Ribeiro, prevê que o plano de expansão venha acelerar ainda mais o ritmo de crescimento do Sushic, que se prepara para investir mais 30 mil euros num novo espaço na capital. “Crescemos todos os anos cerca de 50%”, garante.

Os quatro restaurantes Sushic servem, em média, 300 refeições por dia e consomem quatro toneladas de peixe por mês, numa lógica sazonal e orientada para a pesca sustentável. Entre os mais consumidos, contam-se os habituais salmão e atum (para os quais o Sushic tem contratos próprios), mas também o pampo ou espécies comuns em Portugal, como o carapau e a cavala.

“Tento usar peixes com uma quota de pesca grande. Daí que dê preferência ao carapau ou à cavala”, explica Hugo Ribeiro. Em época de Santos Populares, entra também na carta a sardinha.

“O sushi de sardinha é algo que sempre fizemos porque temos grande ligação com a portugalidade”, sublinha o proprietário e diretor criativo do grupo, acrescentando que “o principal objetivo não é fazer sushi contemporâneo ou algarvio, é usar um produto português com técnica japonesa ou o contrário”.

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O empresário de 35 anos abriu o primeiro restaurante há quase sete anos em Almada, porque “era viciado em sushi” e, na altura, a oferta na margem sul do rio Tejo era praticamente inexistente e, desde então, nunca mais parou.

Atualmente, as propostas gastronómicas do Sushic dividem-se por mais três espaços: um no mercado de Algés e outros dois em Lisboa (no Chiado e em Belém) inaugurados este ano com cerca de um mês de intervalo. Hugo Ribeiro espera abrir ainda mais “um pequeno espaço” na capital em 2016, adiantando que o investimento deve rondar os 30 mil euros, sem revelar mais pormenores.

O grupo Sushic emprega cerca de 80 pessoas (incluindo 12 ‘sushimen’ e dois chefes executivos, um para a área da cozinha portuguesa e outro para a área do sushi) e tem apostado na diversificação das vertentes de negócio: Hugo Ribeiro já avançou para o ‘take-away’ em Almada e Algés e pretende lançar-se também como consultor.

“O objetivo é oferecer consultoria, da sala à cozinha, na identidade Sushic. Não posso crescer mais para manter a qualidade, não quero criar um ‘franchising’, mas sim associar-me a parceiros com os quais me identifique para que possa estar presente com a marca Sushic noutros espaços”, adiantou.

Quanto a uma eventual expansão para o Porto, disse estar “a avaliar uma proposta”, mas não quis entrar em detalhes.

Apesar de continuar a acarinhar o projeto que criou, o empresário admite que já teve investidores interessados na compra do negócio — dois nacionais e um estrangeiro — e que tudo depende de valores. Por enquanto, as respostas têm sido negativas: “falta aparecer o valor certo”, justifica.