O comité executivo da UEFA admitiu este domingo a possibilidade de excluir as seleções da Rússia e da Inglaterra do Europeu de futebol de 2016, caso se verifiquem novos incidentes entre adeptos dos dois países.

Em comunicado, o comité executivo garante já ter avisado as federações de futebol dos dois países que, independentemente das conclusões dos inquéritos abertos aos incidentes, não hesitará em tomar medidas adicionais.

“Não hesitaremos em impor sanções adicionais à Federação Inglesa de Futebol (FA) e à União Russa de Futebol (RFU), incluindo a possível desqualificação das duas seleções do Euro-2016, caso se verifiquem novos casos de violência”, refere o comunicado.

O comité executivo agradece às forças de segurança francesas “todos os esforços que têm desenvolvido para garantir a segurança no torneio, algumas vezes em circunstâncias difíceis”.

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Depois de três dias de violência na zona do porto velho de Marselha, os incidentes alastraram-se no sábado, às imediações e ao interior do estádio Velodrome, palco do jogo entre ingleses e russos (1-1), da ronda inaugural do Grupo B, que já levou a UEFA a abrir um procedimento disciplinar contra a Federação Russa de Futebol.

Os adeptos russos vão ser investigados por “provocação de distúrbios, comportamento racista e uso de material pirotécnico” pelo Comité de Ética e Disciplina do organismo regulador do futebol europeu, que decidirá eventuais sanções durante uma reunião marcada para terça-feira.

A UEFA já tinha condenado veementemente os episódios de violência e esclarecido que só poderia atuar no perímetro dos recintos do Euro-2016.

Durante a tarde de sábado, os tumultos na zona do porto velho provocaram 19 feridos, entre os quais um inglês em estado grave, enquanto já perto do estádio a polícia recorreu a gás lacrimogéneo e a um canhão de água para dispersar os adeptos.