O Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, alertou nesta segunda-feira para os perigos de fechar o campo queniano de Dadaab, que acolhe mais de 300 mil somalis há mais de duas décadas. Depois de uma reunião com os presidentes do Quénia e da Somália, no final de uma visita ao campo de refugiados de Dadaab, no Quénia, Filippo Grandi insistiu que os repatriamentos têm de ser voluntários e que devem ser criadas as condições necessárias para que os refugiados voltem ao seu país de origem “com segurança”.

“Precisamos de mais tempo para o conseguir fazer”, disse Grandi durante uma conferência de imprensa em Nairobi, aonde voltará no final deste mês para apresentar ao Governo queniano um plano para garantir que não haja nenhum repatriamento forçado.

O fecho do campo de Dadaab, previsto para novembro, tem levantado grandes dúvidas à comunidade internacional devido à dificuldade e ao perigo de repatriar pessoas numa viagem de centenas de quilómetros para um país que está em estado de guerra devido à ameaça do grupo extremista Ah Shabab.

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