O Presidente americano, Barack Obama, afirmou esta terça-feira, numa conferência de imprensa realizada na Casa Branca, que o país está a fazer “tudo em seu poder para prevenir ataques”, na sequência do atentado terrorista que vitimou 49 pessoas e deixou 53 pessoas feridas no bar Pulse, em Orlando. “A nossa missão é destruir o Estado Islâmico”, garantiu.

Obama, no entanto, reconheceu que esta é uma “luta difícil”:

Nós trabalhamos para ter sucesso 100 por cento do tempo. Um atacante, como vimos em Orlando, apenas tem de ter sucesso uma vez”, afirmou.

O Presidente americano disse ainda, após uma reunião do Conselho Nacional de Segurança, que para proteger o país de “extremistas domésticos” é necessário “tornar mais difícil para pessoas, que queiram matar americanos, pôr as mãos em armas de fogo que as permitem matar dezenas de inocentes”. Para isto, sugere duas medidas: pessoas que estão em listas de exclusão para viagens aéreas não podem comprar armas e restabelecer a proibição da venda de armas de assalto.

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Chega de falar sobre ser duro com o terrorismo. De verdade, sejamos duros contra o terrorismo e paremos também de tornar fácil para os terroristas a compra armas de assalto”, pediu.

Em resposta ao comentário de Donald Trump, que disse que o Presidente americano deveria utilizar o termo “islamismo radical” para referir-se ao atentado de Orlando, Obama afirmou que “chamar uma ameaça por outro nome não vai fazê-la desaparecer” e que o termo é apenas uma “distração política”. “A razão pela qual tenho cuidado sobre como descrevo esta ameaça não tem nada a ver com o politicamente correto e tudo a ver com derrotar o extremismo”, assegurou.

Outra frase de Trump rebatida por Obama foi a sugestão dada pelo empresário de que os muçulmanos deveriam ser proibidos de entrar nos Estados Unidos, quando relembrou que o responsável do ataque, Omar Mateen, é americano. “Os republicanos de verdade concordam com isto? Porque não é o país que queremos. Não reflete os nossos ideais democratas. Não vai fazer-nos mais seguros, vai fazer-nos menos seguros”, sentenciou.

Obama referiu-se ainda a Omar Mateen como um “jovem com raiva, instável e perturbado” e fez uma promessa à comunidade LGBTI em Orlando: “Vocês não estão sozinhos”.