Rajoy e Rivera, Sanchéz e Iglesias. Os dois pares mais prováveis para formar uma coligação no pós-eleições no dia 26 de junho, não só não se entenderam no debate que juntou os quatro principais candidatos à liderança do Governo espanhol, mas foram mesmo mais duros nos ataques aos potenciais parceiros. Rivera chamou a atenção de Rajoy para os problemas de corrupção no PP, enquanto Sanchéz culpou Iglesias do falhanço do pacto entre o PSOE e o Podemos que podia ter levado a novo Governo.

O debate que aconteceu na segunda-feira entre Mariano Rajoy, Albert Rivera, Pedro Sanchez e Pablo Iglesias foi o único no calendário eleitoral que reunirá os quatro líderes das principais forças políticas que vão a votos no próximo dia 26 de junho no país vizinho. As incógnitas que persistiram sobre a formação de Governo a seguir às eleições de 20 de dezembro – e cuja difícil resolução vai levar à realização de novas eleições – parecem continuar, com os mais prováveis parceiros de coligação a não se entenderem em temas chave.

Mariano Rajoy, que continua a liderar as sondagens, disse aos outros líderes partidários que governar é difícil e quer criar 20 milhões de empregos em Espanha até 2020. Albert Rivera, líder dos Ciudadanos, que tem pedido a demissão do líder do PP devido à corrupção no seu partido, não lhe pediu diretamente que saísse, mas avisou-o que é preciso “regenerar Espanha”. “Tem uma mentalidade inquisitorial”, respondeu o líder do PP.

Por outro lado, à esquerda, Iglesias tentou dar a mão a Pedro Sanchéz, desafiando-o a constituir um Governo progressista. Sanchéz rejeitou e avisou-o que “antes de aceitar a sua mão, espero que solte a mão de Rajoy”, dando a entender que o Podemos ajudou o PP a fazer com que o PSOE não conseguisse chegar à liderança do Governo.

As sondagens mais recentes mostram que dificilmente um partido sozinho conseguirá governar. O PP está em primeiro lugar, o Unidos Podemos – a coligação pré-eleitoral entre Esquerda Unida e Podemos – em segundo, o PSOE em terceiro e Ciudadanos em quarto.

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