A Assembleia Geral (AG) da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) adiou esta quarta-feira, em votação apoiada por larga maioria dos clubes, a possibilidade de integração do Gil Vicente na I Liga e um eventual alargamento em 2016/17.

Segundo o presidente da AG, Mário Costa, foi retirado, por proposta da direção da LPFP, o ponto de trabalho que previa o regresso da equipa de Barcelos ao escalão principal, assim como a alteração do seu quadro competitivo, o que motivou o presidente do emblema gilista, António Fiúza, a abandonar os trabalhos antes do seu final.

Mário Costa, que falou após o termo dos trabalhos, deu a entender que o assunto só voltará à esfera decisiva dos clubes “depois transitar em julgado a sentença do Tribunal Administrativo de Lisboa”, que anulou a decisão que há 10 anos relegou os gilistas para a II Liga ou, então, se o Belenenses recuar na decisão de recorrer da mesma, o que, também esta quarta-feira, o seu presidente, Rui Pedro Soares, fez questão de reafirmar.

Recorde-se que a sessão extraordinária que esta quarta-feira decorreu na sede da LPFP, no Porto, tinha como um dos pontos de trabalho a promoção da equipa de Barcelos, em “cumprimento da decisão proferida pelo Tribunal Administrativo do Círculo de Lisboa, no âmbito do processo comummente designado Caso Mateus”.

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Porém, após reunião da direção do organismo presidido por Pedro Proença, ainda da parte da manhã, os clubes que a integram – FC Porto, Benfica, Sporting, Vitória de Guimarães, Rio Ave e Freamunde -, assim como o representante da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), decidiram deixar à consideração de todos os associados a retirada do ponto principal do dia.

No universo de 47 votos presenciais, 37 aprovaram a proposta da direção da LPFP, num claro recuo quanto à intenção de integração do Gil Vicente e consequente alargamento da I Liga, embora os cenários dessa possibilidade tenham sido debatidos, para o caso de o processo necessitar de celeridade, conforme o próprio presidente da AG admitiu.

Rui Pedro Soares, presidente do Belenenses, o último a sair do encontro desta quarta-feira, reafirmou a intenção de recorrer da sentença do tribunal lisboeta, “em defesa dos interesses do clube e na defesa da honra dos seus antigos dirigentes”, conforme disse aos jornalistas.

A 06 de junho, após notificada pelo tribunal, a Federação Portuguesa de Futebol recomendou à Liga que levasse “a cabo os atos necessários à integração” do Gil Vicente no principal campeonato, “no mais curto espaço de tempo possível”.