O debate quinzenal de hoje no parlamento com o primeiro-ministro é aberto pelo PCP, com as questões económicas e sociais na agenda, e numa altura em que a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD) marca a atualidade política.

As questões políticas, económicas, sociais e relações internacionais são os temas gerais escolhidos pelos partidos para a discussão de hoje no parlamento com António Costa, num debate que a abertura está a cargo do PCP, seguindo-se PSD, PS, BE, CDS-PP, PEV e PAN.

O processo de recapitalização da CGD tem marcado a atualidade nos últimos dias, tendo António Costa afirmado na terça-feira que está quase concluído com a União Europeia o processo de recapitalização da CGD.

Na segunda-feira, o PSD, pela voz do deputado Duarte Pacheco, tinha exigido explicações ao Governo sobre as necessidades de capitalização da CGD e não excluiu a constituição de uma comissão parlamentar de inquérito, instrumento parlamentar defendido pelo comentador e ex-líder do PSD Luís Marques Mendes na SIC no domingo.

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No mesmo dia, o presidente da bancada parlamentar social-democrata, Luís Montenegro, também desafiou António Costa para no debate quinzenal responder às 30 questões que o PSD enviou a António Costa sobre a CGD.

A líder do CDS-PP, Assunção Cristas, também criticou a atuação do Governo em relação à Caixa, considerando prioritário que o primeiro-ministro esclareça como vai ser capitalizada, posição defendida numa entrevista publicada na terça-feira no Jornal de Negócios.

Já o secretário-geral do PCP defendeu, também na terça-feira, a recapitalização do banco, mas “acompanhada do fortalecimento da atividade” da instituição, defendendo que aquele banco não deve existir para “tapar buracos” e sim para estar ao serviço da economia.

Na sexta-feira passada, a porta-voz do BE, Catarina Martins, tinha assumido que os bloquistas têm discordâncias quanto à Caixa com o Governo e que este vai ter que, “mais cedo do que tarde, explicar exatamente as contas” do banco, sendo prioritário garantir que “há uma recapitalização pública” da CGD.

Outro dos assuntos que tem marcado a discussão política dos últimos dias são as eventuais sanções a Portugal pela Comissão Europeia, não tendo o PSD e CDS-PP chegado a acordo com a esquerda na semana passada em torno de um texto comum a condenar esta aplicação, o que resultou na apresentação de dois votos de condenação distintos.

A greve dos estivadores, os contratos de associação e as sanções a Portugal marcaram a discussão no parlamento no último debate quinzenal, a 27 de maio, tendo a execução do Programa Nacional de Reformas sido o tema escolhido pelo Governo.