O governador de Tóquio demitiu-se hoje depois de ter sido acusado de gastos exorbitantes que envolvem dinheiros públicos, informou a estação de rádio e televisão pública NHK.

Yoichi Masuzoe, que chegou ao cargo em 2014 com o apoio do Partido Liberal Democrata (PLD), no governo, esteve envolvido na preparação dos Jogos Olímpicos de 2020 e a sua saída do poder é vista como mais uma sombra sobre a organização do evento, já manchada por vários escândalos.

O governador demitiu-se pouco antes de ser votada uma moção de censura, apoiada pela maioria dos grupos políticos, na sessão plenária da assembleia local de hoje.

O político independente de 67 anos resistia, desde abril, à pressão crescente da opinião pública e de todos os partidos — incluindo o PLD, liderado pelo primeiro-ministro, Shinzo Abe -, pelas acusações de ter realizado despesas pessoais exorbitantes, com gastos em férias com a família ou compras de livros e obras de arte.

Além disso, Masuzoe alegadamente gastou 200 milhões de ienes (1,66 milhões de euros) em nove viagens ao estrangeiro desde que assumiu funções, em fevereiro de 2014, incluindo bilhetes de primeira classe, suites em hotéis de luxo ou dispendiosas faturas telefónicas.

O fim de funções como governador torna-se efetiva a 21 de junho, segundo fontes do conselho regional consultadas pela NHK.

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