O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, condecorou esta quarta-feira com a Grã Cruz da Ordem do Infante D. Henrique, a título póstumo, o antigo presidente da Assembleia Constituinte Henrique de Barros.

Esta condecoração foi recebida por António de Barros, filho de Henrique de Barros, numa cerimónia realizada no antigo Museu dos Coches, em Lisboa, na presença do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e do primeiro-ministro, António Costa.

Nesta cerimónia, o Presidente da República referiu-se a Henrique de Barros como “um dos principais, se não o principal garante do sucesso da elaboração e aprovação da Constituição que ainda hoje nos rege”, que teve “uma vida bem vivida ao serviço dos outros”.

“Defensor intransigente da liberdade, foi prejudicado na sua vida profissional pelo arrojo e a coragem com que a defendeu. Privado da cátedra por delito de opinião, defensor empenhado dos estudantes na crise de 1962 e candidato à Assembleia Nacional pela lista da oposição democrática em 1969. Coerente consigo mesmo e com as suas ideias, Henrique de Barros foi politicamente um socialista democrático”, descreveu Marcelo Rebelo de Sousa.

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Professor e investigador de economia agrária, Henrique Teixeira Queiroz de Barros nasceu em Coimbra em 7 de outubro de 1904 e morreu a 20 de agosto de 2000. Era filho do poeta e pedagogo João de Barros.

Aderiu ao PS em 1974 e um ano depois foi eleito deputado à Assembleia Constituinte, da qual foi presidente. Foi depois ministro de Estado do I Governo Constitucional e conselheiro de Estado.

Em 1981 desvinculou-se do PS e presidiu à Comissão Nacional de Apoio à Recandidatura do presidente Ramalho Eanes. A partir de 1985, começou a colaborar com o Partido Renovador Democrático (PRD).