O ministro da Economia defendeu esta quarta-feira que a reposição do IVA na restauração trará “um misto” de benefícios aos consumidores, desde a redução dos preços à melhoria da qualidade do serviço.

“Os consumidores poderão ter, nos casos em que há concorrência, preços mais baixos. Noutros casos poderão ter também melhor serviço”, afirmou Manuel Caldeira Cabral à margem da apresentação da Associação Porto Tech Hub.

No dia em que a Associação de Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) se reuniu com o Ministério das Finanças para acertar os últimos detalhes técnicos da reposição no IVA no setor, Caldeira Cabral assinalou que o resultado para os consumidores poderá ser “um misto das duas coisas”.

“O que está negociado e combinado com as associações do setor, e o que as associações têm repetido, é que isto ajudará muito a criar emprego”, explicou o governante, acrescentando que, “ao terem um pouco mais de folga”, as empresas “vão poder voltar a contratar e com isso melhorar a qualidade de serviço”.

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“Mas vão, noutros casos, em empresas mais focadas em concorrerem pelo preço do que pelo serviço, poder também baixar os preços”, realçou.

A proposta de Orçamento de Estado para 2016 contemplou a descida do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) na restauração, de 23% para 13%, nos bens alimentares e em bebidas como a água sem gás ou café.

Em fevereiro, o diretor-geral da AHRESP defendeu que as empresas que tiveram dificuldades nos últimos quatro anos não deverão baixar os preços para os consumidores, apesar da descida do IVA para 13%.

O primeiro-ministro, António Costa, assinalou em março que o “principal objetivo” do Governo com a baixa do IVA da restauração é a criação de emprego, mas considerou que seria excelente uma “redução de preços” nos estabelecimentos.