O Eurogrupo aprovou esta quinta-feira princípios para uma maior sustentabilidade das pensões, como foi anunciado na conferência de imprensa após a reunião dos ministros, na qual foram evitadas questões sobre o ‘Brexit’ devido à morte de uma parlamentar britânica.

O presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, informou ter sido respeitado um minuto de silêncio pela morte de Jo Cox, do Partido Trabalhista, baleada mortalmente esta quinta-feira.

“Esperamos que a população do Reino Unido faça as suas escolhas democráticas de forma serena e segura”, acrescentou o responsável, referindo-se ao referendo da próxima semana sobre a permanência, ou não, do país na União Europeia (UE).

Também a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, remeteu comentários sobre as questões económicas britânicas para um relatório que “deverá ser publicado em breve, mas possivelmente não nas próximas 12 horas, por razões óbvias”.

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O comissário europeu responsável pelos Assuntos Económicos e Financeiros, Pierre Moscovici, manifestou o “choque pela trágica morte” da britânica, que recordou por, nomeadamente, ter “dedicado muitos anos da sua jovem vida a ajudar os mais pobres e desesperados”.

Sobre os princípios para o reforço da sustentabilidade das pensões, os ministros notaram que, apesar do “progresso significativo”, há “riscos consideráveis em muitos Estados-membros”, especialmente, a médio prazo.

Pelo que foi afirmada a necessidade de “medidas adicionais” no reforço da resiliência dos sistemas públicos de pensões para enfrentar adversidades a nível da demografia e macroeconomia e contra o risco de reversão de reformas.

Por ser essencial o apoio social e político para o sucesso, deverão ser estabelecidos posições comuns sobre os desafios, um diálogo construtivo e envolvimento dos responsáveis da área, segundo as conclusões do Eurogrupo, que convidou a Comissão Europeia para avaliar a evolução feita pelos países, no âmbito dos seus processos de monitorização e para permitir também uma avaliação periódica pelos ministros das finanças zona euro.

A questão deverá ser novamente tratada no primeiro semestre de 2017, após poderem ser produzidos relatórios sobre o assunto.