Omar Mateen entrou numa discoteca gay em Orlando, e atirou sobre as pessoas, matando 49 pessoas e deixando 53 pessoas feridas. Foi abatido pela polícia. Depois da tragédia, várias informações vão surgindo que tentam explicar as intenções do terrorista, que confessou ter ligações ao ISIS.

O The New York Times conta que Omar terá ligado às autoridades durante o tiroteio para informar que tencionava atar explosivos a quatro reféns e colocá-los em cada canto da discoteca. A informação foi divulgada pelo presidente da câmara de Orlando que explica foram esses dados que influenciaram a decisão de mandar uma equipa SWAT. Foi também por isso que as autoridades levaram tanto tempo a retirar os corpos dos mortos.

Também as pessoas que estavam dentro do clube Pulse e contactaram com o exterior confirmaram que o atirador tinha um colete de explosivos. Os sobreviventes relatam ainda que Mateen falou em cúmplices que viriam a qualquer altura. Quando o terrorista foi abatido pela polícia, tinha ao lado uma bateria e um saco, que se suspeitava conter explosivos. As autoridades temiam que tivesse um detonador no corpo.

Para além da chamada para as autoridades, o terrorista terá ligado também a um amigo e a um produtor do canal News 13, uma filial da CNN em Orlando. O que disse ao amigo não é ainda conhecido, mas ao jornalista, Omar terá perguntado se sabia do ataque e confessou que era ele o atirador. Rematou a conversa ao alegar que a motivação do massacre era a sua ligação ao Estado Islâmico. O FBI está a tentar aceder aos dados do telemóvel usado para fazer as chamadas, que terá ficado danificado depois da equipa SWAT ter derrubado uma parede para libertar os reféns, explica a CNN.

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Antes do ataque, Omar já tinha frequentado o espaço e terá contactado com alguns clientes através de chats gay. Surge, assim, a teoria de que o próprio terrorista pudesse ser gay. A ex-mulher admite essa possibilidade, já o seu pai, nega. Seddique Mateen acrescenta ainda que o filho nasceu e sempre viveu em solo americano e nunca teve qualquer interesse no Afeganistão, pelo que as suas ligações com o Estado Islâmico não fazem sentido. As contradições não ficam por aqui. Algumas das pessoas que falaram com ele, quer pelas conversas no chat, quer nas suas passagens pelo clube Pulse, descrevem-no como uma pessoa amável, outros dizem que era claramente uma pessoa violenta e intolerante.

Noor Salman, mulher do terrorista, já afirmou que acompanhou o marido enquanto este comprava munições e um coldre e chegou mesmo a levá-lo até ao Pulse numa das visitas prévias ao ataque. Salman terá percebido que o marido planeava um ataque e tentou dissuadi-lo. As autoridades ponderam agora se apresentam queixa contra a mulher por não ter partilhado as informações que poderiam ter prevenido o massacre.

As razões que motivaram o atirador continuam por apurar, mas as teorias são muitas. Poderá ter sido, como o próprio admitiu, por ligações ao Estado Islâmico. Outra das teses é a de que foi um ato de homofobia. Há também quem defenda que foi um ato motivado por alguém que lutava com a sua própria sexualidade.

Independentemente do motivo, este foi o pior massacre na história dos Estados Unidos e o mais grave ato de terrorismo desde o 11 de setembro.