Os veículos em que são realizados os exames de condução deverão ter, a partir do próximo ano, um sistema de vigilância que permite gravar todo o exame, explica o Jornal de Notícias.

Segundo o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), o objetivo é que se possa automaticamente identificar “o centro de exames, candidato a condutor, examinador, veículo, dia, hora de início da prova, percurso e duração da prova, manobras obrigatórias realizadas e relatório de erros”. Só não poderão ser filmados o candidato e o examinador, ordens da Comissão Nacional de Proteção de Dados.

A medida procura combater a fraude, mas até agora o processo tem estado atrasado por causa das dificuldades em implementar o modelo, da parte das escolas de condução. Fernando Santos, presidente da Associação Nacional de Industriais do Ensino de Condução (ANIECA), explica que “algumas escolas estão agora a implementar o sistema, mas ainda a implementar”.

As escolas têm de “garantir que os alunos estão a cumprir as novas regras”, afirma Fernando Santos. Isto tem trazido alguns problemas, nomeadamente no caso do “percurso dos tais 500 quilómetros e das 32 horas”. Desde setembro que as regras ditam que um candidato a condutor tem de conduzir durante 32 horas e tem de ter 500 quilómetros percorridos. “As escolas acabam por fazer isso ad hoc, sem que o provem, ficando aberto espaço para os que querem enganar o sistema”, explica o responsável da ANIECA.

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