A família de Nohemi Gonzalez, uma estudante da Califórnia que morreu nos atentados de novembro em Paris, processou a Google, o Facebook e o Twitter, por considerar que as redes sociais promovem o Estado Islâmico.

“Durante anos, os réus [Facebook, Twitter e Google] têm intencionalmente permitido que o grupo terrorista Estado Islâmico utilize as suas redes sociais como ferramenta para disseminar propaganda extremista, angariar fundos e atrair novos recursos”, pode ler-se no processo, citado pelo The Guardian.

A Google recusou comentar o assunto: “Temos políticas claras que proíbem o recrutamento terrorista e conteúdos que incitem à violência, e removemos rapidamente vídeos que violem essas políticas”, declarou a empresa ao jornal britânico. Além disso, a Google informou que “encerra contas de organizações terroristas ou que violem as políticas” da empresa.

Já a rede social de Mark Zuckerberg respondeu que “não há lugar para terroristas ou conteúdos que promovam o terrorismo no Facebook”. A empresa garantiu que trabalha “agressivamente para remover esses conteúdos”, contactando as autoridades quando deteta ameaças. O Twitter não comentou o caso.

No processo pode ler-se que as três empresas acusadas terão repelido pedidos do governo norte-americano para deixar de apoiar o Estado Islâmico. A família de Nohemi Gonzalez defende que sem aquelas redes sociais, “o crescimento explosivo do Estado Islâmico nos últimos anos, como grupo terrorista mais temido do mundo, não teria sido possível”.

O The Guardian lembra ainda que o processo foi feito no mesmo dia em que um homem matou, em França, um polícia e a sua mulher, enquanto fazia um vídeo em direto no Facebook.

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