Leonardo DiCaprio vai ter de comparecer em tribunal para testemunhar a propósito de uma ação judicial que envolve o filme O Lobo de Wall Street, de 2013, realizado por Martin Scorsese.

O processo é encabeçado por Andrew Greene, ex-executivo da Stratton Oakmont, que argumenta que uma personagem secundária, apresentada no filme como sendo “criminosa” e “degenerada”, é baseada nele.

Em causa está a personagem Nicky “Rugrat” Koskoff, interpretada pelo ator PJ Byrne. Por esse motivo, Greene está a processar as produtoras envolvidas na longa-metragem, Paramout Pictures incluída, por 15 milhões de dólares, cerca de 13 milhões de euros.

Escreve o britânico The Guardian que os advogados de Greene andam há algum tempo a tentar garantir o testemunho de DiCaprio, este que se tem manifestado “demasiado ocupado”. A propósito disso, os réus já tinham argumentado que os depoimentos do realizador Martin Scorsese e do guionista Terence Winter eram suficientes. No entanto, a participação do ator enquanto produtor do filme fez com que o juiz Steven Locke exigisse o seu testemunho.

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De referir que o queixoso começou por pedir uma indemnização de 50 milhões de dólares (44,5 milhões de euros) às respetivas produtoras, alegando que o filme danificou a sua reputação. O juiz em questão rejeitou as alegações de difamação, mas permitiu que Greene prosseguisse com um processo judicial na base de “intenção maliciosa”.

O filme O Lobo de Wall Street, que foi o mais pirateado em 2014, tendo mais de 30 milhões de descarregamentos ilegais na internet entre 1 de janeiro e 23 de dezembro desse ano, é baseado no livro de memórias do corretor Jordan Belfort, responsável por uma série de fraudes de seguro em Wall Street, entre outros crimes de corrupção, na década de 1990.