Leonardo DiCaprio vai ter de comparecer em tribunal para testemunhar a propósito de uma ação judicial que envolve o filme O Lobo de Wall Street, de 2013, realizado por Martin Scorsese.
O processo é encabeçado por Andrew Greene, ex-executivo da Stratton Oakmont, que argumenta que uma personagem secundária, apresentada no filme como sendo “criminosa” e “degenerada”, é baseada nele.
Em causa está a personagem Nicky “Rugrat” Koskoff, interpretada pelo ator PJ Byrne. Por esse motivo, Greene está a processar as produtoras envolvidas na longa-metragem, Paramout Pictures incluída, por 15 milhões de dólares, cerca de 13 milhões de euros.
el actor es #PJByrne no Greene Saludos! pic.twitter.com/YjT4MRVPdY
— Filmes a la Rome (@FilmesRome) June 17, 2016
Escreve o britânico The Guardian que os advogados de Greene andam há algum tempo a tentar garantir o testemunho de DiCaprio, este que se tem manifestado “demasiado ocupado”. A propósito disso, os réus já tinham argumentado que os depoimentos do realizador Martin Scorsese e do guionista Terence Winter eram suficientes. No entanto, a participação do ator enquanto produtor do filme fez com que o juiz Steven Locke exigisse o seu testemunho.
De referir que o queixoso começou por pedir uma indemnização de 50 milhões de dólares (44,5 milhões de euros) às respetivas produtoras, alegando que o filme danificou a sua reputação. O juiz em questão rejeitou as alegações de difamação, mas permitiu que Greene prosseguisse com um processo judicial na base de “intenção maliciosa”.
Leonardo DiCaprio was asked to testify in the 'Wolf of Wall Street' lawsuit: https://t.co/4jVUOFo49B pic.twitter.com/O4Lr5XXnXV
— Entertainment Weekly (@EW) June 17, 2016
O filme O Lobo de Wall Street, que foi o mais pirateado em 2014, tendo mais de 30 milhões de descarregamentos ilegais na internet entre 1 de janeiro e 23 de dezembro desse ano, é baseado no livro de memórias do corretor Jordan Belfort, responsável por uma série de fraudes de seguro em Wall Street, entre outros crimes de corrupção, na década de 1990.